domingo, 23 de janeiro de 2011

Você já viu um cristão?

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O pai, certo dia, ensinava a seu filho pequeno sobre a forma de viver de um cristão e quais deveriam ser suas atitudes. Ao terminar a lição, o pai ouviu do filho uma pergunta a qual jamais pôde esquecer: "Pai, eu já vi um cristão?"
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sábado, 22 de janeiro de 2011

Exemplo de vida!!!

Acadêmico doa um terço de sua renda e pede que outros sigam exemplo

Posted: 14 Dec 2010 10:26 AM PST


Campanha de Toby Ord pede que pessoas doem pelo menos 10% dos rendimentos para caridade.
Um acadêmico australiano doa cerca de um terço de todos os seus rendimentos como parte de uma campanha para que outras pessoas sigam seu exemplo e contribuam mais com instituições de caridade.
Toby Ord, 31 anos, doou em 2009 10 mil libras (R$ 27 mil) das 25,3 mil libras (cerca de R$ 68 mil) que recebeu de seu empregador, a faculdade de Balliol - integrante da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha.
Além disto, o acadêmico também doou 15 mil libras (R$ 38 mil) de suas economias. O seu objetivo é doar pelo menos 1 milhão de libras (R$ 2,7 milhão) durante sua vida.
Ele deu início a uma campanha chamada Giving What We Can ("Dando o que Nós Podemos", em inglês), na qual pede que cada participante doe pelo menos 10% de suas rendas anuais para caridade.
Um ano depois de ser lançada, a campanha já conseguiu 64 seguidores, com uma arrecadação prevista de 14 milhões de libras (R$ 37,8 milhões).
"Quando eu ganhava 14 mil libras por ano como estudante, descobri que estava entre os 4% de pessoas mais ricas do mundo", disse Ord à BBC.
"Doando 10% disto, vi que eu ainda estaria entre os 5% mais ricos. Assim, enquanto parece impossível viver com menos do que isso, se o seu empregador está disposto a pagar menos do que isso, você ainda assim consegue se virar".

Vida modesta
Com o orçamento limitado pelas doações, Ord e sua mulher, a médica Bernadette Young, vivem em um apartamento de um quarto no centro de Oxford, alugado pela faculdade Balliol.
O repórter da BBC News Magazine Tom Geoghegan afirma que, embora o exterior da casa do casal seja belo e imponente, o interior tem uma decoração modesta, com poucos móveis.
O apartamento não tem aparelho de TV (por opção de Ord), mas é repleto de livros e DVDs. O único luxo aparente são dois computadores MacIntosh. Além disto, o acadêmico também tem um IPhone, que usa para trabalhar.
Dos pouco mais de 2 mil libras (R$ 5,4 mil) que Ord ganha por mês como salário bruto, ele gasta 334 com despesas gerais, 416 com aluguel, economiza 500 e doa mais de 800 para a caridade.
O australiano diz que janta fora de casa uma vez a cada 15 dias. Já para um simples café, ele sai apenas uma vez por semana.
"O que é realmente importante nas nossas vidas é passar tempo juntos, conversar com os nossos melhores amigos, ler belos livros e ouvir belas músicas", diz Ord.
"Nós temos muita sorte de viver em um belo lugar, com várias atividades culturais estimulantes à nossa volta. Com tudo isso, não se pode pedir muito mais."

Programas de caridade
Ord doa seu dinheiro para um programa de controle da esquistossomose e para uma campanha em favor do combate à tuberculose na África e no sul da Ásia.
"Algumas pessoas acham que o mais importante é ajudar as pessoas que estão na pior situação. Eu acho que nem sempre é este o caso. O que é realmente importante é ajudar as pessoas na medida do possível", diz o acadêmico.
"Muitas vezes as pessoas em pior situação são as mais fáceis de ajudar, mas nem sempre."

Notícias Cristãs com informações da BBCBrasil/AE
Não, ele não doou 10% para a Igreja, nem 10% para campanhas para enriquecer, ele doou para a caridade. Quantos de nós cristãos fazemos isso? Achamo que dar o dízimo e as ofertas é o suficiente. Isso é religiosidade, o que esse cara fez é CRISTIANISMO!!!

3 x 4


"Entre as pessoas que iam à igreja com freqüência quando criança, 22% creem num Deus autoritário, 16% num Deus benevolente, 8% em um Deus crítico, 5% acreditam em um Deus distante, e 4% hoje são ateus"

Pava Blog

Ainda quer escrever livros?

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"Não precisamos de mais pessoas escrevendo livros cristãos. O que precisamos é de mais cristãos escrevendo bons livros"
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Abstinência antes do casamento melhora vida sexual, diz estudo

Abstinência antes do casamento melhora vida sexual, diz estudo


Pessoas com abstinência deram notas 22% mais altas para estabilidade.
Pesquisa de universidade ouviu duas mil pessoas.
Casais que esperam para ter relações sexuais depois do casamento acabam tendo relacionamentos mais estáveis e felizes, além de uma vida sexual mais satisfatória, segundo um estudo publicado pela revista científica Journal of Family Psychology, da Associação Americana de Psicologia.
Pessoas que praticaram abstinência até a noite do casamento deram notas 22% mais altas para a estabilidade do relacionamento. As notas para a satisfação com o relacionamento foram 20% mais altas entre casais que esperaram, assim como as questões sobre qualidade da vida sexual (15% mais altas) e comunicação entre os cônjuges (12% maiores).
Para os casais que ficaram no meio do caminho - tiveram relações sexuais após mais tempo de relacionamento, mas antes do casamento - os benefícios foram cerca de metade daqueles observados nos casais que escolheram a castidade até a noite de núpcias.
Mais de duas mil pessoas participaram da pesquisa, preenchendo um questionário de avaliação de casamento online chamado RELATE, que incluía a pergunta 'Quando você se tornou sexualmente ativo neste relacionamento?'.
Apesar de o estudo ter sido feito pela Universidade Brigham Young, financiada pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, também conhecida como Igreja Mórmon, o pesquisador Dean Busby diz ter controlado a influência do envolvimento religioso na análise do material.
"Independentemente da religiosidade, esperar (para ter relações sexuais) ajuda na formação de melhores processos de comunicação e isso ajuda a melhorar a estabilidade e a satisfação no relacionamento no longo prazo', diz ele. "Há muito mais num relacionamento que sexo, mas descobrimos que aqueles que esperaram mais são mais satisfeitos com o aspecto sexual de seu relacionamento."
O sociólogo Mark Regnerus, da Universidade do Texas, autor do livro Premarital Sex in America, acredita que sexo cedo demais pode realmente atrapalhar o relacionamento. "Casais que chegam à lua de mel cedo demais - isso é, priorizam o sexo logo no início do relacionamento - frequentemente acabam em relacionamentos mal desenvolvidos em aspectos que tornam as relações estáveis e os cônjuges honestos e confiáveis."

Notícias Cristãs com informações da BBC Brasil/G1

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Igreja-Bar

Conheça a Igreja-Bar. Orações e Estudos Bíblicos Regados a Muitos Canecos de Chopp


“Existe certa tensão [entre os fiéis da igreja-bar ], mas essa é uma maneira de juntar esses dois mundos.” Considerando que o primeiro milagre de Jesus foi transformar água em vinho, ninguém pode reprovar uma igreja cujo encontro dos fiéis se realiza em um bar e as orações e a leituras da Bíblia são feitas ao lado de um caneco de chopp gelado. Canecos de chopp embalam orações e leitura da Bíblia na igreja-bar.

Essa é uma das explicações que o barman e estudante de teologia Chris Fletcher dá por ter fundado a igreja-bar em Two Harbors (Minnesota, EUA). Os cultos são realizados no pub Dunnigan’s North Shore.
Ele reconhece que o nome igreja-bar soa como uma provocação, mas diz que o seu propósito foi unir dois tipos de pessoas normamente distantes entre si: quem frequenta a igreja e evita o bar e quem prefere o bar a um culto religioso.
Betsy Nelson, atendente do pub e uma espécie de auxiliar dos cultos, diz que se sentiu atraída pela igreja-bar porque ali se sente mais cristã. Afirma que não dá para “ser uma luz para o mundo”, a exemplo de Jesus, quando se está dentro de uma igreja, ao lado de pessoas que já estão convertidas.
Bill Carlstrom, um fiel, disse que a igreja-bar “é muito mais confortável”.
Para Betsy, o importante é que as pessoas se sintam bem em um encontro de orações e que ninguém deve julgá-las pelo que são. “Mudá-las, se for o caso, é o trabalho de Deus, não o nosso.”
Veja o vídeo:


Notícias Cristãs com informações da AP/northbrooklynvineyard.org/Paulopes/O Galileo

Reconhecimento

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Winston Churchill sabia que o fato de ser reconhecido publicamente não era nenhuma prova de sucesso. Certa vez, após encerrar uma palestra para 10.000 pessoas, um amigo perguntou: Winston, não é impressionante o fato de 10.000 pessoas terem vindo para ouvi-lo falar?" Churchill respondeu: "Na verdade, não. 100.000 viriam para ver minha ruína."
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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

=0

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"O mundo pode ser um palco, mas o elenco é um horror"
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(Oscar Wilde).


segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Absurdo!!! Kit Gay nas escolas

Kit Gay nas escolas gera polêmica: Material didático mostra história de lésbicas e adolescente que virou travesti

Posted: 07 Jan 2011 07:28 AM PST


Kit Gay para alunos conterá um DVD com uma história aonde um menino vai ao banheiro e quando entra um colega, se diz apaixonado pelo mesmo e assume sua homossexualidade
Ele ainda nem foi lançado oficialmente. Mas um conjunto de material didático destinado a combater a homofobia nas escolas públicas promete longa polêmica. Um convênio firmado entre o Ministério da Educação (MEC), com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), e a ONG Comunicação em Sexualidade (Ecos) produziu kit de material educativo composto de vídeos, boletins e cartilhas com abordagem do universo de adolescentes homossexuais que será distribuída para 6 mil escolas da rede pública em todo o país do programa Mais Educação.
Parte do que se pretende apresentar nas escolas foi exibida ontem em audiência na Comissão de Legislação Participativa, na Câmara. No vídeo intitulado Encontrando Bianca, um adolescente de aproximadamente 15 anos se apresenta como José Ricardo, nome dado pelo pai, que era fã de futebol. O garoto do filme, no entanto, aparece caracterizado como uma menina, como um exemplo de um travesti jovem. Em seu relato, o garoto conta que gosta de ser chamado de Bianca, pois é nome de sua atriz preferida e reclama que os professores insistem em chamá-lo de José Ricardo na hora da chamada.
O jovem travesti do filme aponta um dilema no momento de escolher o banheiro feminino em vez do masculino e simula flerte com um colega do sexo masculino ao dizer que superou o bullying causado pelo comportamento homofóbico na escola. Na versão feminina da peça audiovisual, o material educativo anti-homofobia mostra duas meninas namorando. O secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC, André Lázaro, afirma que o ministério teve dificuldades para decidir sobre manter ou tirar o beijo gay do filme. “Nós ficamos três meses discutindo um beijo lésbico na boca, até onde entrava a língua. Acabamos cortando o beijo”, afirmou o secretário durante a audiência.
O material produzido ainda não foi replicado pelo MEC. A licitação para produzir kit para as 6 mil escolas pode ocorrer ainda este ano, mas a previsão de as peças serem distribuídas em 2010 foi interrompida pelo calor do debate presidencial. A proposta, considerada inovadora, de levar às escolas públicas um recorte do universo homossexual jovem para iniciar dentro da rede de ensino debate sobre a homofobia esbarrou no discurso conservador dos dois principais candidatos à Presidência.
O secretário do MEC reconheceu a dificuldade de convencer as escolas a discutirem o tema e afirmou que o material é apenas complementar. “A gente já conseguiu impedir a discriminação em material didático, não conseguimos ainda que o material tivesse informações sobre o assunto. Tem um grau de tensão. Seria ilusório dizer que o MEC vai aceitar tudo. Não adianta produzir um material que é avançado para nós e a escola guardar.”
Apesar de a abordagem sobre o adolescente homossexual estar longe de ser consenso, o combate à homofobia é uma bandeira que o ministério e as secretarias estaduais de educação tentam encampar. Pesquisa realizada pelas ONGs Reprolatina e Pathfinder percorreram escolas de 11 capitais brasileiras para identificar o comportamento de alunos, professores e gestores em relação a jovens homossexuais. Escolas de Manaus, de Porto Velho, de Goiânia, de Cuiabá, do Rio, de São Paulo, de Natal, de Curitiba, de Porto Alegre, de Belo Horizonte e de Recife receberam os pesquisadores que fizeram 1.406 entrevistas.
O estudo mostrou quadro de tristeza, depressão, baixo rendimento escolar, evasão e suicídio entre os alunos gays, da 6ª à 9ª séries, vítimas de preconceito. “A pesquisa indica que, em diferente níveis, a homofobia é uma realidade entendida como normal. A menina negra é apontada como a representação mais vulnerável, mas nenhuma menina negra apanha do pai porque é pobre e negra”, compara Carlos Laudari, diretor da Pathfinder do Brasil.
Veja abaixo vídeo do deputado Jair Bolsonaro sobre o assunto:


Assine a petição pública contra o "kit gay": http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=PROL

Notícias Cristãs com informações do Correio Braziliense

Os Amish: Uma visita ao século 18 (trecho)


Eles não podem ter carro, telefone ou TV. Seguem uma religião avessa à tecnologia. Mas os amish já começam a empreender. Entenda como seus hábitos antigos ajudam nos negócios.
Daqui a 100 anos, os historiadores que quiserem traçar um retrato fiel de como vivia um americano em 2010 devem passar longe da cidade de Lancaster, no estado da Pensilvânia. Distante 200 quilômetros de Nova York, ela é uma exceção no mundo contemporâneo. No acostamento das pavimentadas rodovias que levam à cidade, charretes passam conduzidas por sujeitos de chapéu preto e barba comprida. O visitante que chega ao centro tem a impressão de entrar no cenário de um filme de época. Além dos barbudos, muitas mulheres usam vestidos pretos e véus que lhes cobrem a cabeça. No ônibus 13, que faz o trajeto entre o centro de Lancaster e a área rural, elas falam e riem de forma discreta. Mas alto o suficiente para se notar que a língua não é o inglês. Se faltava alguma prova contundente de que Lancaster não é um vilarejo do interior americano do século 21, ela está nas placas de grandes redes de varejo, como Walmart e Target, que trazem a indicação “estacionamento para cavalos e buggies”. Lá, meia dúzia de cavalos come feno enquanto seus donos fazem compras.
A impressão de que se entrou num túnel do tempo deve-se às origens de pelo menos 30% das pessoas que vivem na região de Lancaster. Elas pertencem à ordem dos amish, um grupo religioso conservador consolidado no século 18, na Europa, que migrou para os Estados Unidos fugindo de perseguições. Repleto de terras férteis que poderiam lhes garantir o sustento por meio da agricultura, o estado da Pensilvânia foi o primeiro lugar onde os imigrantes aportaram. No início, chegavam em pequenos grupos e não passavam de 3 mil pessoas. Mas tal qual pregam os versos da Bíblia, eles cresceram e se multiplicaram. Os amish formam hoje uma comunidade de 250 mil pessoas, que se distribui ao longo de 27 estados americanos e parte do Canadá. Em Lancaster vive a maior parte: cerca de 60 mil.

CRENÇA E NEGÓCIO
Desde os primeiros imigrantes, os amish dedicaram-se essencialmente à agricultura e à pecuária. Orientados pelas regras do Novo Testamento, eles conseguiram manter um estilo de vida e de trabalho do século 18, com restrições impensáveis para a maioria dos americanos hoje. Nada de energia elétrica, por exemplo, que é proibida dentro de casa. Telefone? Só o público. Veículos motorizados? Apenas carona ou ônibus. Taciturnos, vestem-se de forma simples, sem nenhum acessório que remeta à vaidade, como cinto, trocado pelo suspensório.
Uma transformação radical, porém, está começando a mudar a organização secular dessa comunidade. Todas as regiões onde os amish se encontram começaram a testemunhar o surgimento de uma enxurrada de novos negócios capitaneados por esses religiosos. A responsável pelo movimento é uma nova geração de empreendedores, que está deixando para trás o trabalho no setor primário e passando a montar os próprios negócios. Já são ao todo 9 mil empreendimentos, a metade aberta nos últimos cinco anos. Esse tempo foi suficiente para que a maioria dos amish já não tenha mais a agricultura como principal fonte de renda.
Conhecidos pelo extremo rigor quanto à adoção de novas tendências, os amish estão levando seu modo simples de vida e suas crenças para os negócios que administram – com todas as vantagens e desvantagens que isso possa trazer. Nenhum empresário amish ilustra tão bem o novo cenário quanto Amós Miller, 32 anos. Há cinco anos ele transformou a fazenda do pai na Miller Farm, uma produtora e distribuidora de produtos orgânicos que chega a 26 estados. Mesmo tendo de gerir uma empresa de alcance nacional, Miller não tem carro, não usa telefone celular – e jamais se sentou diante de um computador. Miller também não tem nenhuma educação formal em negócios, já que os amish param de estudar na oitava série. “Não me sinto frustrado por não usar esses meios de comunicação modernos. Meu negócio não é dependente de computadores e eletrônicos, mas de produtos e pessoas”, diz ele.
Esse recente espírito empreendedor está chamando a atenção de estudiosos do mundo da administração. Mesmo lidando com restrições que fariam enlouquecer qualquer executivo que não consegue mais viver sem e-mail, os resultados que os amish obtêm com seus empreendimentos são espantosos: apenas 10% dos negócios fracassam nos cinco primeiros anos de vida. A média americana é cinco vezes maior. Metade dos novos negócios não sobrevive a esse mesmo período.
Mas num contexto econômico que preza a inovação, as novas tecnologias e a comunicação instantânea, como os amish conseguem prosperar? Uma observação mais próxima do modo como essa comunidade vive, se relaciona e gere seus negócios pode dar a resposta.
Nas rodovias de Lancaster, carros andam ao lado de charretes, típico transporte amish.

Notícias Cristãs com informações da Época

domingo, 16 de janeiro de 2011

Onde estão os malvados?

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Quando Charles Lamb era ainda um pequeno menino, sua irmã Mary levou-o para uma caminhada em um cemitério. A precoce criança, que já começava a ler, reparou o que estava escrito nos túmulos: "virtuoso", "caridoso", "amado", e assim por diante. Quando eles estavam deixando o lugar, o menino perguntou à irmã: "Mary, onde Estão enterradas as pessoas malvadas e desobedientes?"
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(Charles Lamb - 1775-1834 - poeta
e crítico literário)

Editora lança “A Bíblia do Diabo”

Criado no século XIII, o Codex Gigas (Livro Gigante) é o maior manuscrito medieval sobre o qual se tem notícia no mundo, com 90 cm de comprimento e 75 kg. O fato de trazer em seu conteúdo uma ilustração do demônio tornou-o conhecido como “A Bíblia do Diabo”. Nele, homens da Igreja e alquimistas procuravam a iluminação – ou o caminho para as trevas. Diz-se, ao longo dos séculos, que teria sido escrito em uma única noite, trazendo poder a quem conseguir tocá-lo.
Diante de um tema tão instigante, é natural que surjam, em todo o mundo, especulações sobre a origem do manuscrito - ainda cercada de mistérios - como também sobre quem o escreveu e com que motivos. O fascínio pelo Codex Gigas deu início, também, ao livro A Bíblia do Diabo (Editora Planeta, 512 pág, R$ 49,90), de Richard Dübell. A trama, envolvente, combina mistério, romance e suspense em torno da busca pelo manuscrito.
A partir de uma história real, o autor cria um romance pontuado por suspense, envolvendo o leitor desde a primeira página. Conforme a trama se desenvolve, personagens ficcionais interagem com nomes históricos, entre eles o Cardeal Cervantes de Gaete (Arcebispo de Tarragona), Melchior Khlesl (bispo de Wiener Neustadt e, em seguida, de Viena), o Papa Clemente VIII (Pontífice da Igreja Católica de 30 de janeiro de 1592 a 5 de março de 1605), John Dee e Edward Kelley (alquimistas ingleses e astrólogos da corte do imperador Rodolfo II), entre outros.

Segredos e influência
Em um convento semidestruído na cidade de Boêmia, em 1572, Andrej, aos oito anos, é testemunha de um terrível banho de sangue: dez pessoas, entre elas seus pais, são assassinadas. Ele consegue fugir, levando o Codex Gigas, um dos segredos mais bem guardados da Igreja, que uma secreta sociedade dos monges quer proteger a todo custo - o convento abriga um documento que custou a vida de três papas e que parece ter o poder de anunciar o fim do mundo. Sete monges negros vigiam o grande manuscrito e matam todos aqueles que sabem demais a respeito dele.
Anos depois do massacre, um grupo de altos religiosos da Igreja Católica envia um padre à corte do imperador Rodolfo, com o objetivo de encontrar o exemplar original da Bíblia do Diabo. Para cumprir a missão, padre Xavier não hesita em usar os próprios contatos e influência aliados a uma capacidade singular de manipular qualquer um que se colocar em seu caminho.

AUTOR
Richard Dübell nasceu em 1962 e vive com a mulher e dois filhos em Landshut, na Alemanha. Depois de uma estreia literária de sucesso com seus dois primeiros romances, Der Tuchhändler (O mercador de tecidos) e Der Jahrtausandkaiser (O imperador do milênio), seu terceiro livro, Eine Messe für die Medici (Uma missa para os Medici), proporcionou ao autor integrar, pela primeira vez, a lista dos mais vendidos.

Notícias Cristãs com informações do Diário de Cuiabá

Frase do dia

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"se eu fosse te recomendar uma religião para lhe fazer sentir confortavel certamente não lhe recomendaria o Cristianismo"
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C.S. Lewis

Ex-bispos anglicanos casados são ordenados padres pelo Vaticano


A Santa Sé criou neste sábado uma ordenação no território da Inglaterra e Gales para pastores e fiéis anglicanos que expressaram o desejo de entrar em "plena e visível" comunhão com a Igreja Católica e ordenou padres três ex-bispos anglicanos, segundo informou o Vaticano em comunicado.
A nova estrutura, chamada Ordinariato Pessoal de Nossa Senhora de Walsingham, terá como responsável o reverendo Keith Newton, casado e pai de três filhos e que, junto com sua mulher, foi amparado em comunhão pelo catolicismo na Catedral de Westminster em 1º de janeiro.
"Um Ordinariato Pessoal é uma estrutura canônica que permite uma reunião de forma corporativa, que possibilita a anglicanos entrar em plena comunhão com a Igreja Católica, conservando os elementos de seu característico patrimônio anglicano", explica o comunicado da Santa Sé.
Além disso, neste sábado, na Catedral católica de Westminster, em Londres, o arcebispo de Westminster, Vincent Nichols, ordenou padres três ex-bispos anglicanos: Andrew Burnham, John Broadhurst e o próprio Newton, bispo anglicano desde março de 2002.
"Por razões doutrinais, a Igreja não admite em nenhum caso a ordenação episcopal de homens casados. No entanto, a Constituição Apostólica prevê, sob certas condições, a ordenação de ministros anglicanos já casados como sacerdotes católicos", explica o comunicado.
Estes três padres se encarregarão da preparação dos primeiros grupos de anglicanos da Inglaterra e Gales que na Páscoa serão amparados pela Igreja Católica, assim como do acompanhamento dos ministros religiosos que estão se preparando para serem ordenados no sacerdócio católico na ocasião de Pentecostes.
A criação deste Ordinariato Pessoal foi formalizada neste sábado pela Congregação para a Doutrina da Fé da Santa Sé com base na Constituição Apostólica "Anglicanorum coetibus", de novembro de 2009, e após uma consulta com a Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales.
Esta Constituição foi aprovada pela Santa Sé para acolher os fiéis tradicionalistas anglicanos contrários às medidas progressistas da Comunhão Anglicana, como a ordenação de mulheres e de homossexuais como bispos.
Entre 30 e 50 bispos e uma centena de paróquias mostraram seu desejo de entrar na Igreja Católica Apostólica Romana, que abandonaram em 1534 quando o Rei da Inglaterra Henrique VIII (1491-1547) não conseguiu junto ao papa Clemente VII (1478-1534) a anulação de seu casamento com Catarina de Aragão e criou a Igreja da Inglaterra, da qual se proclamou Chefe.

Notícias Cristãs com informações da EFE

Protestante geneticista dirigirá Academia de Ciências do Vaticano.

Protestante geneticista dirigirá Academia de Ciências do Vaticano.


O Papa Bento XVI nomeou um não católico, o Prêmio Nobel Werner Arber, um protestante suíço, como novo presidente da Academia pontifical de Ciências, anunciou neste sábado a Santa Sé em comunicado. Trata-se de uma inovação na história da instituição, fundada em 1603, segundo a agência de informações religiosas I.Media.
Arber, 81 anos, geneticista e especialista em biologia molecular, sucede ao italiano Nicola Cabibbo, falecido em agosto passado. O cientista suíço, mestre no Biozentrum da Universidade de Bâle obteve o Prêmio Nobel de Medicina em 1978 pela descoberta da enzima de restrição - um mecanismo de defesa das bactérias ante a agentes infecciosos - junto com os americanos Hamilton O. Smith e Daniel Nathans. É membro da Academia pontifical desde maio de 1981 e participa de seu conselho de direção. Nos anos 1960, Arber também descobriu enzimas que permitem cortar o DNA, suporte do código genético, em locais precisos e em partes menores, tais como verdadeiras "tesouras moleculares".
Trinta cientistas que receberam o Nobel fazem parte da Academia pontifical de Ciências, herdeira da Academia de Lyunx, fundada pelo príncipe mecenas Federico Cesi, promotor do telescópio de Galileu. A instituição se interessa pela pesquisa científica fundamental e por problemas da ética, principalmente nas questões ambientais. Os 80 cientistas que a compõe são todos nomeados pelo papa.

Notícias Cristãs com informações do Terra

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Última Mensagem de John Stott

Meus amigos, leiam e reflitam sobre a última mensagem deste grande referencial mundial de pregador, pastor, teólogo e sobretudo homem de Deus que tínhamos e infelizmente veio a falecer recentemente. Nesses novos tempos onde os pregadores se corrompem, os fiéis dão todo o seu dinheiro em troca de experiências emocionais e irracionais, e os antigos referenciais se vendem nas televisões, precisamos tornar ao Evangelho simples, puro e sóbrio que é retratado nesta mensagem. Vamos ler e absorver cada palavra.

Mensagem de John Stott em Keswick

Dr. John Stott — “O Paradigma: Tornando-nos Mais Semelhantes a Cristo”. Sermão pregado na Convenção de Keswick em 17 de julho de 2007

Lembro-me muito claramente de que há vários anos, sendo um cristão ainda jovem, a questão que me causava perplexidade (e a alguns amigos meus também) era esta: Qual é o propósito de Deus para o seu povo? Uma vez que tenhamos nos convertido, uma vez que tenhamos sido salvos e recebido vida nova em Jesus Cristo, o que vem depois? É claro que conhecíamos a famosa declaração do Breve Catecismo de Westminster: “O fim principal do homem é glorificar a Deus, e gozá-lo para sempre”. Sabíamos disso e críamos nisso. Também refletíamos sobre algumas declarações mais breves, como uma de apenas sete palavras: “Ama a Deus e ao teu próximo”. Mas de algum modo, nenhuma delas, nem outra que pudéssemos citar, parecia plenamente satisfatória. Portanto, quero compartilhar com vocês o entendimento que pacificou minha mente à medida que me aproximo do final de minha peregrinação neste mundo. Esse entendimento é: Deus quer que seu povo se torne semelhante a Cristo. A vontade de Deus para o seu povo é que sejamos conformes à imagem de Cristo.

Sendo isso verdade, quero propor o seguinte: em primeiro lugar, demonstrarmos a base bíblica do chamado para sermos conformes à imagem de Cristo; em segundo, extrairmos do Novo Testamento alguns exemplos; em terceiro, tirarmos algumas conclusões práticas a respeito. Tudo isso relacionado a nos assemelharmos a Cristo.

Então, vejamos primeiro a base bíblica do chamado para sermos semelhantes a Cristo. Essa base não se limita a uma passagem só. Seu conteúdo é substancial demais para ser encapsulado em um único texto. De fato, essa base consiste de três textos, os quais, aliás, faríamos muito bem em incorporar conjuntamente à nossa vida e visão cristã: Romanos 8:29, 2 Coríntios 3:18 e 1 João 3:2. Vamos fazer uma breve análise deles.

Romanos 8:29 diz que Deus predestinou seu povo para ser conforme à imagem do Filho, ou seja, tornar-se semelhante a Jesus. Todos sabemos que Adão, ao cair, perdeu muito — mas não tudo — da imagem divina conforme a qual fora criado. Deus, todavia, a restaurou em Cristo. Conformar-se à imagem de Deus significa tornar-se semelhante a Jesus: O propósito eterno de predestinação divina para nós é tornar-nos conformes à imagem de Cristo.

O segundo texto é 2 Coríntios 3:18: “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito”. Portanto é pelo próprio Espírito que habita em nós que somos transformados de glória em glória — que visão magnífica! Nesta segunda etapa do processo de conformação à imagem de Cristo, percebemos que a perspectiva muda do passado para o presente, da predestinação eterna de Deus para a transformação que ele opera em nós agora pelo Espírito Santo. O propósito eterno da predestinação divina de nos tornar como Cristo avança, tornando-se a obra histórica de Deus em nós para nos transformar, por intermédio do Espírito Santo, segundo a imagem de Jesus.

Isso nos leva ao terceiro texto: 1 João 3:2: “Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é”. Não sabemos em detalhes como seremos no último dia, mas o que de fato sabemos é que seremos semelhantes a Cristo. Não precisamos saber de mais nada além disso. Contentamo-nos em conhecer a verdade maravilhosa de que estaremos com Cristo e seremos semelhantes a ele, eternamente.

Aqui há três perspectivas: passado, presente e futuro. Todas apontam na mesma direção: há o propósito eterno de Deus, pelo qual fomos predestinados; há o propósito histórico de Deus, pelo qual estamos sendo transformados pelo Espírito Santo; e há o propósito final ou escatológico de Deus, pelo qual seremos semelhantes a ele, pois o veremos como ele é. Estes três propósitos — o eterno, o histórico e o escatológico — se unem e apontam para um mesmo objetivo: a conformação do homem à imagem de Cristo. Este, afirmo, é o propósito de Deus para o seu povo. E a base bíblica para nos tornarmos semelhantes a Cristo é o fato de que este é o propósito de Deus para o seu povo.

Prosseguindo, quero ilustrar essa verdade com alguns exemplos do Novo Testamento. Em primeiro lugar, creio ser importante que nós façamos uma afirmação abrangente como a do apóstolo João em 1 João 2:6: “Aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou”. Em outras palavras, se nos dizemos cristãos, temos de ser semelhantes a Cristo. Este é o primeiro exemplo do Novo Testamento: temos de ser como o Cristo Encarnado.

Alguns de vocês podem ficar horrorizados com essa idéia e rechaçá-la de imediato. “Ora”, me dirão, “não é óbvio que a Encarnação foi um evento absolutamente único, não sendo possível reproduzi-lo de modo algum?” Minha resposta é sim e não. Sim, foi único no sentido de que o Filho de Deus revestiu-se da nossa humanidade em Jesus de Nazaré, uma só vez e para sempre, o que jamais se repetirá. Isso é verdade. Contudo, há outro sentido no qual a Encarnação não foi um evento único: a maravilhosa graça de Deus manifestada na Encarnação de Cristo deve ser imitada por todos nós. Nesse sentido, a Encarnação não foi única, exclusiva, mas universal. Somos todos chamados a seguir o supremo exemplo de humildade que ele nos deu ao descer dos céus para a terra. Por isso Paulo diz em Filipenses 2:5-8: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz”. Precisamos ser semelhantes a Cristo em sua Encarnação no que diz respeito à sua admirável humildade, uma humilhação auto-imposta que está por trás da Encarnação.

Em segundo lugar, precisamos ser semelhantes a Cristo em sua prontidão em servir. Agora, passemos de sua Encarnação à sua vida de serviço; de seu nascimento à sua vida; do início ao fim. Quero convidá-los a subir comigo ao cenáculo onde Jesus passou sua última noite com os discípulos, conforme vemos no evangelho de João, capítulo 13: “Tirou a vestimenta de cima e, tomando uma toalha, cingiu-se com ela. Depois, deitou água na bacia e passou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido”. Ao terminar, retomou seu lugar e disse-lhes: “Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo” — note-se a palavra — “para que, como eu vos fiz, façais vós também”.

Há cristãos que interpretam literalmente esse mandamento de Jesus e fazem a cerimônia do lava-pés em dia de Ceia do Senhor ou na Quinta-feira Santa — e podem até estar certos em fazê-lo. Porém, vejo que a maioria de nós fez apenas uma transposição cultural do mandamento de Jesus: aquilo que Jesus fez, que em sua cultura era função de um escravo, nós reproduzimos em nossa cultura sem levarmos em conta que nada há de humilhante ou degradante em o fazermos uns pelos outros.

Em terceiro lugar, temos de ser semelhantes a Cristo em seu amor. Isso me lembra especificamente Efésios 5:2: “Andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave”. Observe que o texto se divide em duas partes. A primeira fala de andarmos em amor, um mandamento no sentido de que toda a nossa conduta seja caracterizada pelo amor, mas a segunda parte do versículo diz que ele se entregou a si mesmo por nós, descrevendo não uma ação contínua, mas um aoristo, um tempo verbal passado, fazendo uma clara alusão à cruz. Paulo está nos conclamando a sermos semelhantes a Cristo em sua morte, a amarmos com o mesmo amor que, no Calvário, altruistamente se doa.

Observe a idéia que aqui se desenvolve: Paulo está nos instando a sermos semelhantes a Cristo na Encarnação, ao Cristo que lava os pés dos irmãos e ao Cristo crucificado. Esses três acontecimentos na vida de Cristo nos mostram claramente o que significa, na prática, sermos conformes à imagem de Cristo.

Em quarto lugar, temos de ser semelhantes a Cristo em sua abnegação paciente. No exemplo a seguir, consideraremos não o ensino de Paulo, mas o de Pedro. Cada capítulo da primeira carta de Pedro diz algo sobre sofrermos como Cristo, pois a carta tem como pano de fundo histórico o início da perseguição. Especialmente no capítulo 2 de 1 Pedro, os escravos cristãos são instados a, se castigados injustamente, suportarem e não retribuírem o mal com o mal. E Pedro prossegue dizendo que para isto mesmo fomos chamados, pois Cristo também sofreu, deixando-nos o exemplo — outra vez a mesma palavra — para seguirmos os seus passos. Este chamado para sermos semelhantes a Cristo em meio ao sofrimento injusto pode perfeitamente se tornar cada vez mais significativo à medida que as perseguições se avolumam em muitas culturas do mundo atual.

No quinto e último exemplo que quero extrair do Novo Testamento, precisamos ser semelhantes a Cristo em sua missão. Tendo examinado os ensinos de Paulo e de Pedro, veremos agora os ensinos de Jesus registrados por João. Em João 17:18, Jesus, orando, diz: “Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo”, referindo-se a nós. E na Comissão, em João 20:21, Jesus diz: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio”. Estas palavras carregam um significado imensamente importante. Não se trata apenas da versão joanina da Grande Comissão; é também uma instrução no sentido de que a missão dos discípulos no mundo deveria ser semelhante à do próprio Cristo. Em que aspecto? Nestes textos, as palavras-chave são “envio ao mundo”. Do mesmo modo como Cristo entrou em nosso mundo, nós também devemos entrar no “mundo” das outras pessoas. É como explicou, com muita propriedade, o Arcebispo Michael Ramsey há alguns anos: “Somente à medida que sairmos e nos colocarmos, com compaixão amorosa, do lado de dentro das dúvidas do duvidoso, das indagações do indagador e da solidão do que se perdeu no caminho é que poderemos afirmar e recomendar a fé que professamos”.

Quando falamos em “evangelização encarnacional” é exatamente disto que falamos: entrar no mundo do outro. Toda missão genuína é uma missão encarnacional. Temos de ser semelhantes a Cristo em sua missão. Estas são as cinco principais formas de sermos conformes à imagem de Cristo: em sua Encarnação, em seu serviço, em seu amor, em sua abnegação paciente e em sua missão.

Quero, de modo bem sucinto, falar de três conseqüências práticas da assemelhação a Cristo.

Primeira: A assemelhação a Cristo e o sofrimento. Por si só, o tema do sofrimento é bem complexo, e os cristãos tentam compreendê-lo de variados pontos de vista. Um deles se sobressai: aquele segundo o qual o sofrimento faz parte do processo da transformação que Deus faz em nós para nos assemelharmos a Cristo. Seja qual for a natureza do nosso sofrimento — uma decepção, uma frustração ou qualquer outra tragédia dolorosa —, precisamos tentar enxergá-lo à luz de Romanos 8:28-29. Romanos 8:28 diz que Deus está continuamente operando para o bem do seu povo, e Romanos 8:29 revela que o seu bom propósito é nos tornar semelhantes a Cristo.

Segunda: A assemelhação a Cristo e o desafio da evangelização. Provavelmente você já se perguntou: “Por que será que, até onde percebo, em muitas situações os nossos esforços evangelísticos freqüentemente terminam em fracasso?” As razões podem ser várias e não quero ser simplista, mas uma das razões principais é que nós não somos parecidos com o Cristo que anunciamos. John Poulton, que abordou o tema num livreto muito pertinente, intitulado A Today Sort of Evangelism, escreveu:

“A pregação mais eficaz provém daqueles que vivem conforme aquilo que dizem. Eles próprios são a mensagem. Os cristãos têm de ser semelhantes àquilo que falam. A comunicação acontece fundamentalmente a partir da pessoa, não de palavras ou idéias. É no mais íntimo das pessoas que a autenticidade se faz entender; o que agora se transmite com eficácia é, basicamente, a autenticidade pessoal”.

Isto é assemelhar-se à imagem de Cristo. Permitam-me dar outro exemplo. Havia um professor universitário hindu na Índia que, certa vez, identificando que um de seus alunos era cristão, disse-lhe: “Se vocês, cristãos, vivessem como Jesus Cristo viveu, a Índia estaria aos seus pés amanhã mesmo”. Eu penso que a Índia já estaria aos seus pés hoje mesmo se os cristãos vivessem como Jesus viveu. Oriundo do mundo islâmico, o Reverendo Iskandar Jadeed, árabe e ex-muçulmano, disse: “Se todos os cristãos fossem cristãos — isto é, semelhantes a Cristo —, hoje o islã não existiria mais”.

Isto me leva ao terceiro ponto: Assemelhação a Cristo e presença do Espírito Santo em nós. Nesta noite falei muito sobre assemelhação a Cristo, mas será que ela é alcançável? Por nossas próprias forças é evidente que não, mas Deus nos deu seu Santo Espírito para habitar em nós e nos transformar de dentro para fora. William Temple, que foi arcebispo na década de 40, costumava ilustrar este ponto falando sobre Shakespeare:

“Não adianta me darem uma peça como Hamlet ou O Rei Lear e me mandarem escrever algo semelhante. Shakespeare era capaz, eu não. Também não adianta me mostrarem uma vida como a de Jesus e me mandarem viver de igual modo. Jesus era capaz, eu não. Porém, se o gênio de Shakespeare pudesse entrar e viver em mim, então eu seria capaz de escrever peças como as dele. E se o Espírito Santo puder entrar e habitar em mim, então eu serei capaz de viver uma vida como a de Jesus”.

Para concluir, um breve resumo do que tentamos pensar juntos aqui hoje: O propósito de Deus é nos tornar semelhantes a Cristo. O modo como Deus nos torna conformes à imagem de Cristo é enchendo-nos do seu Espírito. Em outras palavras, a conclusão é de natureza trinitária, pois envolve o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Fonte do original em inglês: http://www.langhampartnership.org/2007/08/06/john-stott-address-at-keswick/

Tradução: F. R. Castelo Branco Outubro 2007