segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Sem nome

Rio de Janeiro, 29/03/03 , Vila da Penha

Noites sem dormir
Noites sem fingir
Noites que não passam
Noites que logo acabam
Tentando lembrar
Tentando achar
Tentando voltar
Naquele tempo que não voltará
Tentando fazer desse Aquele que nunca será
Trocando mágoas por lembranças que não mudarão

Num soar da noite em algum lugar que eu não sei
Que eu sempre soube onde vai dar
Que eu não sei onde vai parar
Pois tenho medo de tentar
Acovardado a ser corajoso
Por um sentimento que domina
Uma mente triste que tem medo
Medo de tentar imaginar
Um lugar que nunca vai dar
Pois é impossível de chegar

Conclusão precipitada?
Conclusões levam à ações
Ações precipitadas na vida sedentária
Sedentária a viver preso
Não por grades, mas por mágoas
Um sentimeto que corróe o mais puro
Que suja o mais límpido
Que invade o íntimo, o mais íntimo
Em um sentimento que não dá tréguas

Isso tem uma solução que todos negam
Que sempre esteve lá
Todos querem achar e tem medo, mágoa
Acovardados a melhorar, sedentários
De um sentimento, precisando de outro
Cujo muitos falam, só falam
Engraçado. Eles falam e só são acorrentados
Por que? Muitos sabem poucos conhecem
E muito menos praticam

Com certeza alguém já lhe disse sobre isso
Foi uma semente muito bem plantada
Em hortas estrangeiras no meio de daninhas
Que sempre habitaram e habitarão até o fim
Cresceu e deu frutos
Na árvore mais bela da natureza
Ali que eu quero chegar
Ali que eu Vou alcançar.

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